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O que é um boleto e como funciona sua emissão?

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Você pega um boleto nas mãos e pensa: “Isso é mesmo seguro? Como funcionam essas linhas e códigos? Como eu sei que o meu dinheiro vai para o lugar certo?”.

São várias dúvidas, a gente sabe, principalmente com tantas fraudes acontecendo diariamente. Também sabemos que a maioria dos brasileiros tem contato com boletos ao menos uma vez por mês, e por isso chegou a hora de contar um pouco sobre como eles funcionam, e talvez te ajudar a fazer tudo com mais segurança.

Neste artigo vamos te contar como eles são emitidos, como fazer essa emissão e os principais tipos de boleto. Além de falarmos um pouco sobre vantagens e desvantagens. Ao final, você vai perceber que o boleto pode ser uma importante ferramenta para a saúde financeira de um modelo de negócio.

O que é boleto?  

Um boleto bancário é um título de cobrança, e essa é, provavelmente, a forma mais simples que você pode usar para explicar isso aos clientes da sua empresa, ou mesmo aos seus funcionários.

Quando você realiza um negócio e emite um boleto de pagamento, ou ele mesmo emite sozinho, quando a transação é feita online, esse boleto traz todas as informações para que o comprador realize o pagamento.  

Quem pode emitir um boleto e como ele funciona? 

De uma forma bastante básica, qualquer pessoa pode emitir um boleto bancário, desde que feito através de uma instituição financeira. No passado, os boletos bancários eram associados diretamente a bancos, mas hoje, com o avanço da tecnologia, qualquer um pode usar o benefício.

Uma pessoa física, por exemplo, pode gerar um boleto para que alguém lhe pague por uma transação, evitando o pagamento de taxas. No caso da necessidade de haver uma instituição financeira envolvida, é para que essa pessoa disponha da tecnologia para gerar códigos de barras seguros e então que a outra parte faça o pagamento.

Já quando falamos de empresas – e talvez este seja o seu interesse – o boleto também deve ser emitido por alguma instituição financeira que esteja ligada a você, e uma conta atrelada que receberá o valor.

Assim, quando você emite um boleto e o disponibiliza ao cliente, aquele documento terá todas as informações de pagamento que a instituição financeira dele precisa para que o pagamento seja seguro e válido.  

Se agora que esclarecemos um pouco o que são os boletos e como eles funcionam, estiver passando alguma dúvida pela sua cabeça sobre a diferença entre um boleto, uma duplicata e uma fatura, talvez esse conteúdo exclusivo da Simples possa te ajudar a clarear as ideias.

Tipos de boletos  

Vamos destacar aqui os dois principais tipos, e aqueles que você provavelmente já utilizou, ou pelo menos viu rodando pelo mercado.

Avulso  

O boleto avulso facilita demais a vida de empresas que querem oferecer a possibilidade de uma negociação simples e um pagamento rápido.

Quando se trata de uma compra única, hoje em dia um boleto avulso pode ser emitido sem complicação e enviado por e-mail e até para um smartphone. Em relação ao pagamento, o famoso “copiar e colar” de códigos de barras diretamente para os aplicativos de instituições financeiras, permitem a quitação da dívida com mais agilidade. 

Carnê  

Se você possui uma empresa que costuma trabalhar com vendas parceladas, os boletos carnê já devem fazer parte da sua vida.

Caso você esteja apenas estudando a possibilidade, saiba que, atualmente, emitir boletos deste tipo ficou muito mais fácil. A chegada de gerenciadores de emissão de boletos facilitam a vida da empresa, porque permitem a emissão de vários de uma vez, e por isso são chamados de carnê.

A facilidade não está apenas para a empresa, mas também para o comprador, que pode recebê-los todos de uma vez, ao invés de esperar que eles venham chegando ao longo dos meses.  

Os boletos registrados  

Até 2018, antes das novas regras estabelecidas pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), eram permitidos no Brasil os famosos boletos simples. Esse formato impossibilitava que o boleto fosse rastreado, possibilitando a adulteração do código barras. Assim, milhares de fraudes eram registradas no Brasil todos os anos.

Com a mudança aprovada pelo Banco Central, os boletos passaram, obrigatoriamente, a ter que possuir documentação nas instituições bancárias.

Então, apenas para reforçar e evitar que você tenha prejuízos, a emissão de boletos simples não é permitida no país desde estas novas regras.  

Quais são as vantagens e desvantagens deste meio de pagamento?  

A principal desvantagem dos boletos registrados está na burocracia para a emissão, além da possível cobrança de taxas para registro. Mesmo que não costumem ser taxas abusivas, a gente sabe que nunca é positivo para quem está tentando administrar um negócio.

No entanto, as vantagens costumam ser fatores decisivos para as empresas que já fazem, ou querem oferecer os boletos como forma de pagamento.

Os boletos registrados permitem rastreio e dificultam as fraudes de pagamentos duplicados. Além disso, diminui a inadimplência. Outra vantagem está na facilidade de protesto, em caso de não pagamento. O rastreio e prova de que existe a dívida, é porque esses boletos são vinculados ao CPF do comprador.  

Quais são as informações de um boleto?  

A mesma Febraban que atualizou as regras de emissão e pagamento de boleto, também determina alguns padrões que devem ser seguidos para que sejam melhor utilizados.

  • Beneficiário: a pessoa ou empresa que será cobrada, junto com documento que as identifiquem, como CPF ou CNPJ; 
  • Número de identificação do boleto: que o próprio software criou e inseriu no boleto. Esse número faz do boleto único, e mais fácil de ser rastreado; 
  • Local de pagamento: instituição financeira autorizada a receber o pagamento por aquele boleto. Lembrando que também devido às mudanças implantadas pelas Febraban, boletos vencidos podem ser pagos em qualquer banco; 
  • Data de emissão e vencimento: a data de emissão garante que o comprador saiba quando aquele documento foi gerado. A de vencimento, por outro lado, garante que ele saiba o prazo máximo de quitação. Alguns softwares permitem a programação de emissão de 2ª via automática em caso de vencimento, o que é uma estratégia eficaz de cobrança; 
  • Descontos: assim como cobranças adicionais de juros e mora, por exemplo, que a instituição saberá que deve ser incluído ou descontado. Geralmente quando o pagamento é feito com antecedência ou com atraso; 
  • Credor: a pessoa ou empresa que possui a dívida e deverá pagar o boleto; 
  • Código de barras: são as famosas faixas pretas verticais, que o sistema emite contendo todas as informações que comentamos anteriormente. Essa é a forma de um sistema de emissão se comunicar com um de cobrança, por exemplo, acelerando o pagamento; 
  • Linha digitável: sequência que traduz em números, as mesmas informações do código de barras. É como uma redundância. Caso uma não funcione, você terá a outra.  

O que pode dar errado ao emitir ou pagar um boleto?  

Conforme a tecnologia avança, boletos e outras formas de pagamento ficam mais rápidas e seguras, mas também podem trazer alguns riscos na hora da emissão e, mais importante, do pagamento.

Por isso, reunimos aqui alguns dos principais. Caso você receba um boleto com alguns desses problemas, vale a pena checar a veracidade com o emissor:

  • Erros gramaticais e de dados pessoais. Em teoria, o emissor possui seus dados corretos em seu banco de dados, já que você os informou. Sendo assim, erros gramaticais, mesmo que quase sempre sejam problemas humanos, vale a pena conferir;
  • As informações inseridas no boleto são as que valem, principalmente o valor. Portanto, se você recebe um boleto com um valor e logo depois uma comunicação – seja lá de que forma for – oferecendo um desconto para pagamento do boleto, desconfie. O ideal, nesse caso, é entrar em contato com a empresa e pedir para que ela emita um novo boleto, com o desconto aplicado;
  • Conforme falamos anteriormente, o código de barras é único e reflete todas as informações do boleto. Fique atento para quando existem espaços grandes demais entre as faixas, ou fora do padrão horizontal. Mais ainda, fique atento quando o seu leitor fizer a identificação do código, e o valor mostrado for diferente do que estiver sendo cobrado.  

Conclusão  

Talvez você já estivesse atento a todos os pontos que falamos neste artigo, mas validar detalhes importantes – principalmente quando dizem respeito às finanças do nosso negócio – nunca é demais, não é mesmo?

Esperamos que este conteúdo tenha sido importante para você, ou quem sabe material de estudo para as pessoas do seu negócio, e que cuidam disso todos os dias. Caso esteja interessado em ainda mais conteúdos sobre educação financeira, que tal uma passada no Blog da Simples?

E por último, mas não menos importante, você sabe que pode antecipar os recebíveis dos seus boleto à prazo, não sabe? Se você precisa de dinheiro na hora, e tem boletos, duplicatas ou cheques pré-datados, você pode falar com a gente.

A Simples tem uma equipe especializada em entender o seu negócio e oferecer o melhor formato de antecipação de recebíveis para ele.

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