As empresas de factoring de Minas Gerais apresentaram crescimento médio, nos últimos dois anos, próximo a 20%. Consideradas empresas estratégicas em períodos de crise, a estimativa é de que, em 2020, haja um crescimento de, pelo menos, 10% no faturamento das factorings mineiras. As empresas do setor têm papel relevante na economia mineira, injetando mais de R$ 100 bilhões no Estado, segundo o Sindicato das Empresas de Factoring de Minas Gerais (Sindisfac-MG).
De acordo com o presidente do Sindisfac-MG e sócio-diretor da Simples Factoring, Roberto Ribeiro, as empresas do setor atuam comprando títulos de crédito através da cessão de direitos recebíveis. A modalidade é considerada fundamental para capitalização rápida em momentos de crise.
“As empresas que optam por vender o título de crédito para as factorings recebem os valores antecipados, o que, em períodos de crise, é importante para a composição do caixa e para dar um novo fôlego aos negócios”, explicou.
A estimativa é de que as factorings mineiras atendam mais de 50 mil micro e pequenas empresas em Minas Gerais. Esses clientes, geralmente, encontram dificuldades em negociar com os bancos devido ao porte ou pelas condições oferecidas pelas entidades bancárias não serem adequadas. O Estado conta com cerca de 500 empresas de factoring, sendo que filiadas ao sindicato são 230.
Ainda segundo Ribeiro, o mercado das factorings cresce principalmente em momentos de crise financeira. Além da demanda maior pela antecipação de recursos, as factorings atendem qualquer empresa, basta que tenham créditos para receber oriundos de venda de produtos, bens e serviços. O setor não trabalha com financiamento.
“Nossas empresas são responsáveis por fomentarem o mercado, dando fôlego às empresas que estão com problemas de fluxo de caixa e que precisam levantar capital rápido. A antecipação de recebíveis é uma ferramenta de gestão financeira importante para o negócio das empresas e uma boa opção para resolver, no curto prazo, problemas financeiros. É um serviço que tem poucas tarifas e paga no exato momento em que ocorre a cessão dos títulos”.
Dentre os desafios enfrentados pelo setor estão as fraudes que causam grandes prejuízos. De acordo com Ribeiro, as empresas do segmento têm investido em tecnologias que contribuem para uma melhor análise e redução de riscos.
Publicado em Diário do Comércio – MG – 28/02/2020