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Finanças corporativas: Como funciona e como planejar?

Se você tem uma empresa, com certeza conhece a importância de uma boa administração financeira. Parte essencial do sucesso de qualquer empreendimento, a gestão consciente das finanças corporativas precisa ser uma prioridade para que o potencial de crescimento da empresa seja explorado ao máximo.

Portanto, o planejamento e organização das finanças corporativas devem estar em posição de destaque no seu plano de negócios. Para te ajudar com essa tarefa, fizemos um conteúdo que lista todos os pontos de atenção que você não pode perder de vista na hora de cuidar das finanças da sua empresa.

O que são finanças corporativas? 

Quando falamos em finanças corporativas, estamos nos referindo à administração de toda a parte financeira de uma empresa. Controle sobre como os recursos chegam ao caixa e a que investimentos eles são destinados, padronização dos processos financeiros e gestão das contas da empresa são apenas alguns dos tópicos importantes para as finanças de qualquer negócio.

Além de permitir que o empreendimento execute plenamente todas as atividades necessárias ao seu funcionamento, uma boa administração das finanças corporativas é essencial para proteger e expandir o patrimônio empresarial. É também um campo que deve ser priorizado se você deseja que seu negócio acumule valor de mercado e gere um bom lucro.

Principais indicadores para finanças corporativas 

Mas, afinal, como avaliar a eficiência da área financeira de uma empresa?

Bem, o melhor jeito de entender como tem sido a performance das finanças corporativas é por meio dos indicadores que listamos abaixo. Encará-los com uma postura analítica é algo que pode te ajudar a levantar dados importantes e a tomar decisões mais assertivas em relação aos seus próximos investimentos.

Faturamento

O faturamento é, resumidamente, a soma de todos os valores gerados pelas atividades comerciais de uma empresa. Portanto, consiste no dinheiro que entra no caixa como resultado das vendas de produtos e do fornecimento de serviços. 

É por meio de uma análise atenta do faturamento (bruto e líquido) que é possível determinar se a empresa está vendendo bem. Com isso, fica mais fácil perceber quando alguma estratégia precisa ser mudada ou quando algum dos processos internos precisa de adaptações. Entender como é composto cada um dos tipos de faturamento também é necessário para ter certeza de que a empresa está cumprindo adequadamente todas  as obrigações tributárias.

Se quiser aprender mais sobre o assunto, confira o conteúdo que explica, em detalhes, o que é o faturamento e como calcular

Custos fixos e variáveis 

Quais são os valores que sua empresa precisa pagar em contas de luz e de água para se manter funcionando? E de aluguel e custos com internet?

Esses pagamentos periódicos que precisam ser feitos regularmente para que o negócio consiga se manter aberto, independentemente do volume de vendas do mês, são os custos fixos. Os custos variáveis, por sua vez, são igualmente importantes, mas se diferenciam porque podem aumentar ou diminuir de um mês para outro, a depender da quantidade de vendas realizadas. Gastos com matéria-prima e com logística (entregas, por exemplo) são custos variáveis.

Para manter a organização dos custos fixos e variáveis da empresa, é preciso que você anote todas as obrigações financeiras regulares e acompanhe de perto as movimentações do fluxo de caixa. Assim, você consegue saber onde estão alocados os principais gastos do empreendimento e como reduzi-los, se for possível. 

Ticket médio 

Você sabe qual é a quantia de dinheiro que cada cliente costuma deixar no seu estabelecimento quando compra de você?

Essa média de valor gasto por cada comprador é justamente o que chamamos de ticket médio. Em outras palavras, é um cálculo de quanto o negócio fatura por cliente. A conta é bem simples: basta dividir o faturamento pelo número de vendas realizadas. 

Quando você compara o ticket médio de cada mês com os de meses anteriores, é possível ter uma noção mais sólida da performance do negócio. Afinal, se a média de valor gasto por cliente demonstra uma queda persistente, algo precisa ser corrigido na estratégia de vendas. Além disso, é possível calcular o ticket médio de um produto específico quando se deseja descobrir se a produção dele vale a pena. 

ROI

Você sabe bem que quem empreende está constantemente investindo na melhoria da empresa. Mas como saber se esses investimentos estão gerando um bom retorno?

Analisando o indicador que chamamos de ROI (Return Over Investment). Ele serve exatamente para demonstrar a qualidade do retorno financeiro gerado por um investimento. O cálculo do ROI permite que você entenda se determinados valores investidos realmente fizeram diferença na receita. Afinal, ninguém gosta de dedicar um orçamento a alguma iniciativa “à toa”, não é mesmo?

Para determinar o ROI, é preciso comparar o valor investido com o lucro obtido a partir dele. Se uma empresa investe R$ 1.000,00 em divulgação, por exemplo, e consegue fechar R$ 5.000,00 em vendas por causa dessa ação, o ROI foi de 400%. 

DRE 

Administrar as finanças de uma empresa é mais fácil quando se tem uma visão panorâmica delas. E o melhor jeito de conseguir essa visualização é elaborando o DRE, sigla que significa Declaração de Resultados do Exercício.

Esse documento funciona como uma espécie de levantamento contábil que reúne todos os indicadores financeiros que uma empresa gerou em um determinado período. Normalmente elaborada a cada ano, a DRE inclui informações como encargos fiscais, receita líquida, custos administrativos e muitos outros dados. Assim, é uma espécie de diagnóstico geral da saúde financeira da empresa.

Além disso, a DRE anual é exigida por lei: ela não precisa ser publicada por todas as empresas, mas deve estar disponível caso seja solicitada pela Receita Federal. Afinal, a declaração pode ajudar as autoridades a descobrirem se o negócio está sendo tributado corretamente, como você pode ver no nosso conteúdo completo sobre DRE.  

Grau de endividamento 

É natural que, vez ou outra, as empresas precisem utilizar capital de terceiros para manter ou impulsionar seu funcionamento. Entretanto, isso precisa ser feito de maneira racional e estratégica, afinal, sempre envolve assumir dívidas.

Ter dívidas, por si só, não é algo que ameaça a saúde financeira empresarial. Se o grau de endividamento for muito alto, entretanto, a situação pode se tornar delicada. É possível definir o grau de endividamento como a comparação entre o capital de terceiros que a empresa mobiliza, o capital próprio de que ela dispõe e os resultados financeiros que ela gera com suas vendas.

Para calcular o grau de endividamento, é preciso dividir o valor total do capital de terceiros utilizado pelo valor total de ativos financeiros da empresa. Em seguida, multiplicando o resultado dessa conta por 100, teremos o grau de endividamento (em porcentagem). Além de tomar cuidado para que as dívidas não afetem o funcionamento da empresa, é preciso entender de onde vem cada débito para elaborar uma estratégia que permita quitar tudo da forma mais vantajosa. 

Se você está pensando em solicitar o capital de terceiros para fortalecer o caixa da sua empresa ou fazer um investimento importante, a antecipação de recebíveis pode ser uma ótima alternativa para o seu caso. Com ela, você adianta o recebimento pelas suas vendas a prazo, antecipando o acesso a valores que já seriam seus. É uma forma segura e pouco burocrática de reforçar o seu capital de giro, além de ter taxas baixíssimas em comparação com outros produtos de crédito.

Ah, e essa também é a nossa especialidade aqui na Simples. Se quiser saber mais sobre como podemos te ajudar a impulsionar sua empresa, leia mais sobre como a nossa antecipação de recebíveis funciona e fique à vontade para entrar em contato conosco. 

Finanças corporativas e crescimento empresarial 

Não dá para negar que todo mundo que empreende deseja aumentar o lucro da empresa e vê-la crescer. Para que isso ocorra, a boa gestão das finanças corporativas é fundamental, afinal, só é possível gerar recursos se você souber como movimentar estrategicamente o dinheiro que já faz parte do contexto da sua empresa.

Além disso, uma área financeira eficiente te permite saber quais valores podem ser investidos em melhorias, isto é, quanto dinheiro pode ser usado para expandir o potencial da empresa. Assim, é possível traçar uma curva de crescimento consistente para o negócio e executá-la de acordo com o plano de expansão. 

Planejamento estratégico 

Antes de qualquer coisa, você deve ter em mente que só é possível administrar adequadamente as finanças corporativas se todas as ações partirem de um planejamento estratégico previamente elaborado. 

Para que a saúde financeira seja preservada, o dinheiro da empresa não pode ser utilizado conforme o surgimento das necessidades. Todas as quantias gastas precisam ser planejadas e preestabelecidas em um plano que preveja as ações necessárias e os resultados esperados a curto, médio e longo prazo.

Na hora de desenvolver uma estratégia financeira, você deve levar em conta o orçamento com o qual sua empresa pode contar, isto é, de quais recursos ela dispõe, e organizar todas as obrigações financeiras por ordem de prioridade para determinar as datas de pagamento. 

Em seguida, é preciso analisar todos os indicadores que mencionamos mais acima para entender o que está dando certo e o que precisa ser replanejado no que diz respeito a processos corporativos, produtos, estratégias de vendas etc. Também é importante fazer uma análise de mercado para descobrir o que as outras empresas do mesmo segmento têm feito e como é possível aprender com elas. 

Análises para investimento 

Depois que você elabora o orçamento da sua empresa, faz uma pesquisa de mercado robusta e levanta dados de todos os indicadores financeiros mais importantes, chega a hora de decidir quais são as melhores formas de investir no negócio.

De melhorias nos equipamentos de trabalho até valores dedicados à divulgação e até mesmo aplicação do lucro da sua empresa em fundos de investimento, todo dinheiro precisa ser investido com um objetivo em mente. Portanto, antes de determinar quais investimentos serão feitos, é preciso que você saiba o que pretende atingir com eles e em quanto tempo deseja ter esse retorno.

A partir disso, é possível estimar o ROI de cada iniciativa e avaliar quais investimentos realmente valem a pena. E fica a dica: muitas vezes, é bem vantajoso investir em mudanças “invisíveis”, como a construção de uma cultura organizacional sólida que faça os funcionários se sentirem seguros, confortáveis e motivados. Esse tipo de ação geralmente não exige investimentos iniciais muito altos e podem gerar resultados transformadores! 

Conclusão 

A boa administração das finanças corporativas é o fator que vai definir a saúde financeira e o potencial de crescimento de uma empresa. Afinal, é por meio de uma gestão inteligente dos recursos que é possível descobrir como usar o dinheiro que já está em caixa para gerar mais lucro e expandir a presença da marca no mercado.

Por isso, é importante traçar um planejamento financeiro detalhado que parta da análise de alguns indicadores principais. O faturamento da empresa, o ROI de cada investimento, as obrigações financeiras fixas e variáveis e o grau de endividamento são alguns dos fatores que precisam fazer parte do plano. Levando tudo isso em consideração e colocando todos os dados relevantes no papel (por meio da elaboração da DRE, por exemplo), fica mais fácil determinar os objetivos da empresa.

Para que seu planejamento seja eficiente, é importante que você continue fortalecendo conhecimentos que te permitam gerir melhor as finanças do seu negócio. Por isso, confira os nossos outros conteúdos aqui no Blog da Simples. Todos os posts são feitos para te ajudar a melhorar cada vez mais a saúde financeira da sua empresa.

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