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Saúde Financeira: O que é e como aprimorá-la?

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Se você tem um empreendimento ou simplesmente se preocupa com a boa administração das suas finanças, com certeza já ouviu falar em saúde financeira.

Afinal, cuidar do dinheiro de forma inteligente e usá-lo com estratégia são as chaves para quem deseja preservar e multiplicar patrimônio, seja ele pessoal ou empresarial. E embora boa parte dos brasileiros reconheça a importância de cultivar uma boa saúde financeira, a verdade é que muita gente ainda não sabe exatamente o que isso quer dizer ou como atingir esse objetivo.

Para te ajudar a entender mais sobre esse assunto indispensável para os negócios, fizemos um conteúdo especialmente pensado para te explicar tudo que você precisa saber acerca do conceito de saúde financeira. 

Afinal, o que significa saúde financeira?

Viver se enrolando com as dívidas, perder prazos de pagamento e não conseguir economizar nada… esses são alguns dos sinais de que a saúde financeira de uma pessoa não está em dia. Analogamente, quando falamos de empresas, os “sintomas” de uma saúde financeira inconsistente incluem pouco ou nenhum lucro, precificação inadequada e custos mais altos do que o necessário. 

Portanto, a saúde financeira é, basicamente, o modo como uma pessoa ou empreendimento administra as questões ligadas aos recursos financeiros. Isso inclui as iniciativas tomadas na gestão de ganhos, custos, investimentos, planos para o dinheiro e muitos outros pontos. Quando se tem uma boa saúde financeira, é possível arcar com todos os compromissos e planejar os passos futuros de maneira mais assertiva. 

Saúde financeira e educação financeira são a mesma coisa? 

Não! Saúde financeira e educação financeira são conceitos diferentes, mas que têm tudo a ver um com o outro. Quando falamos em educação financeira, estamos falando de conhecimentos e técnicas que podem ser aprendidas para melhorar a administração do dinheiro. 

Então você pode pensar na educação financeira como o requisito mais importante para conquistar uma saúde financeira estável e promissora. Afinal, são esses aprendizados que propiciam as noções necessárias para estabelecer uma relação mais pacífica com o seu dinheiro ou com os recursos da sua empresa.

Saúde financeira de uma empresa 

Na administração de empresas, não há como fugir de um fato: uma boa saúde financeira é absolutamente crucial para que qualquer negócio consiga funcionar plenamente e crescer. Afinal, sem estratégia orçamentária, as atividades do empreendimento podem até gerar lucro, mas sofre o risco de acabar se afundando em despesas. Além disso, preservar a saúde financeira é algo que pode ajudar a melhorar o faturamento e tornar as vendas mais lucrativas.

O acompanhamento do fluxo de caixa, a manutenção de uma boa reserva financeira e a gestão eficiente das contas a pagar e a receber são apenas alguns exemplos de pontos que merecem sua atenção se o seu objetivo é melhorar a saúde financeira do seu negócio. 

Além desses, alguns outros elementos, que mencionaremos daqui a pouco, podem ser importantes até mesmo para te ajudar a recuperar a estabilidade da empresa após um período de crise.

Como analisar a saúde financeira de uma empresa? 

Para recuperar ou melhorar a saúde financeira de um negócio, é necessário desenvolver uma cultura de controle financeiro sólida e eficiente. E o primeiro passo nessa jornada é conduzir uma análise para saber como está a situação atual das finanças empresariais. Entretanto, não basta analisar uma única vez: após esse primeiro diagnóstico e da criação (ou reformulação) do planejamento financeiro, o acompanhamento dos indicadores financeiros deve ser regular.

Uma das formas de obter uma visão panorâmica de todas as questões orçamentárias da empresa é a elaboração do balanço patrimonial e da DRE (Declaração de Resultados do Exercício), um levantamento que reúne todas as informações contábeis e financeiras do negócio. Além disso, é importante analisar constantemente os fatores que elencamos abaixo. 

Custos e despesas 

Quais valores a empresa precisa desembolsar para se manter funcionando? Quais são as dívidas e os compromissos financeiros registrados no CNPJ dela? Qual parcela do lucro vai ser reinvestida para expandir o potencial do negócio?

Todas essas perguntas podem servir como pontos de partida para você organizar uma parte importante do controle financeiro da empresa: a gestão de custos e despesas. O ideal é sempre mapear tudo que sai do caixa: saiba exatamente quais são os custos fixos, aqueles que se repetem regularmente e não mudam de mês para mês, como aluguel. Considere também os custos variáveis, gastos cujo valor muda de acordo com a quantidade de vendas realizadas, a exemplo do dinheiro que vai para aquisição das matérias-primas.

Tendo uma boa noção dos custos e despesas da empresa, é possível recalcular e renegociar o que for possível para reduzi-los. Além disso, esse mapeamento garante que você sempre saiba para onde o dinheiro está indo, evitando gastos desnecessários.

Ponto de equilíbrio (break even) 

Mesmo se você não for um grande especialista em finanças, com certeza já ouviu falar na “regra de ouro” da saúde financeira: sempre gastar menos do que se ganha. Quando pensamos na gestão empresarial, esse princípio se torna ainda mais importante, afinal, é um requisito para que a empresa sobreviva e gere lucro. 

Mas afinal, quanto a sua empresa precisa vender mensalmente para cobrir os custos e despesas indispensáveis dela? A resposta para isso está no cálculo do ponto de equilíbrio contábil. De maneira resumida, o ponto de equilíbrio corresponde ao faturamento mínimo que uma empresa precisa obter para manter suas atividades, isto é, a receita necessária para que ela continue funcionando. 

Para calculá-lo, é preciso conhecer primeiro a margem de contribuição, que é o mesmo que lucro bruto. Esse valor corresponde a todo o dinheiro obtido nas vendas menos tudo que é gasto em custos e despesas variáveis.

Em seguida, basta aplicar os dados na seguinte fórmula:

Ponto de equilíbrio contábil = custos e despesas fixas ÷ margem de contribuição

Lucratividade 

Bem, é inegável que todo empreendedor visa obter lucro com seu negócio, não é mesmo?

Muita gente, entretanto, cai na armadilha de achar que as atividades de uma empresa são lucrativas só porque ela tem um faturamento alto. Isso não é verdade! Afinal, se os valores que saem para arcar com custos e despesas também são altos, não sobra muita coisa como lucro.

Portanto, analise os fatores que sobram após o pagamento de todas as despesas mensais e, caso seja necessário, elabore estratégias para aumentar o seu lucro. Seja por meio de técnicas para atrair novos clientes ou mesmo revisando a precificação dos seus produtos e serviços, é possível desenhar um plano para tornar as vendas mais lucrativas.

E como balancear saúde financeira pessoal e dos negócios? 

Um dos aprendizados mais importantes para quem conduz um empreendimento é uma regra que deve ser seguida à risca: nunca misturar as finanças pessoais com as finanças empresariais. Portanto, o dinheiro destinado a pagar o condomínio da sua residência ou sua ida ao dentista, por exemplo, não pode ficar guardado no mesmo lugar em que estão as quantias destinadas aos custos e despesas do seu empreendimento.

Por isso, é muito importante ter uma conta bancária pessoal e uma outra só para o dinheiro do negócio. Lembre-se de separar também os espaços que você usa para organizar investimentos e dívidas. Assim, você evita confusões e mantém uma precisão maior nos seus cálculos financeiros.

Conclusão 

A saúde financeira é, basicamente, o reflexo da maneira como uma pessoa administra seu dinheiro. No mundo do empreendedorismo, ela é a condição que reflete a eficiência da gestão financeira do negócio. Um empreendimento com uma boa saúde financeira é aquele que consegue cobrir todos os gastos e custos mensais, cumprir com os compromissos financeiros e manter um bom índice de lucratividade.

Além do lucro, alguns outros indicadores são importantes na hora de avaliar a saúde financeira de um negócio: o ponto de equilíbrio, a análise comparativa do faturamento (em relação a meses anteriores) e a gestão das contas a pagar e a receber, por exemplo, também merecem atenção. 

Também é importante manter um bom capital de giro. Para ajudar nisso, uma boa opção é recorrer a alguns recursos facilitadores, como a antecipação de recebíveis. Ela é a alternativa perfeita para negócios que vendem a prazo e precisam de um impulsionamento financeiro. Na antecipação, que é nossa especialidade aqui na Simples, você recebe à vista os valores cujo recebimento está programado para o futuro. Assim, dá para adiantar o dinheiro que já cairia na sua conta, de maneira fácil e sem muita burocracia.

E se você se preocupa em preservar a saúde financeira do seu negócio, não deixe de nos acompanhar aqui no Blog da Simples. Nossos conteúdos sempre trazem as melhores informações sobre finanças, empreendedorismo, investimentos e muito mais.

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