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Juros compostos: o que são e para que servem?

  • Categoria do post:Finanças

Você, com certeza, conhece as prestações e operações com juros, e provavelmente pensa que eles são inimigos financeiros de qualquer negociação, certo?

Em uma situação de parcelar compras ou acertar dívidas, eles aumentam o valor final, de fato, e podem se tornar uma bola de neve sem o controle financeiro correto.

Mas você sabia que existem dois tipos de juros? O juros simples e o composto. Este segundo, também é chamado de juros sobre juros. O que também pode ser novidade, é que esse juros composto pode ser uma forma muito vantajosa de rentabilidade sobre investimentos.

Continue essa leitura, que vamos te explicar certinho a diferença entre o funcionamento das duas taxas e o que é o juros composto.

O que são juros compostos?

Juros são os acréscimos monetários que ocorrem em cima das parcelas de pagamentos, mas isso já não é mais uma novidade, não é mesmo? Essa taxa pode ser aplicada tanto em vendas a prazo quanto em parcelas que são quitadas em atraso.

Os juros compostos se tratam de uma taxa sempre aplicada em cima do montante anterior. Isso significa que a porcentagem pode ser fixa, mas o valor sobre o qual essa porcentagem é aplicada, não.

Isso porque esse percentual é aplicado à quantia paga no mês que passou. Portanto, será sempre calculada em cima de um valor crescente.

E, no caso de investimentos, a taxa de juros compostos está relacionada ao capital que aumenta conforme a gestão exercida.

E para que servem os juros compostos?

No cenário de investimentos e aplicação, os juros compostos representam um lucro exponencialmente crescente.

Ou seja, as taxas de juros sobre juros garantem que o rendimento das aplicações sejam vantajosas, e servem até como um incentivo à manutenção desses investimentos.

No cenário de compras e pagamentos a prazo com juros compostos, a taxa crescente representa uma segurança ao vendedor ou prestador de serviço. No caso de inadimplência ou atraso no pagamento, o beneficiário recebe a mais pelo tempo em que ficou sem receber.

Qual a diferença entre juros compostos e juros simples?

A diferença entre os juros compostos e simples é o valor de referência sobre qual a taxa é aplicada, mas agora vamos tornar mais fácil o entendimento.

No sistema de juros simples, a taxa é sempre aplicada sobre o montante inicial. Então, se você realiza uma compra de R$1.000 e faz o pagamento em quatro prestações, com 2% de juros, por exemplo, essa taxa será sempre calculada em cima dos R$1.000.

Enquanto no sistema de juros compostos, a mesma compra de R$1.000, paga em quatro parcelas, com a mesma taxa de 2%, será consideravelmente maior:

A porcentagem será calculada em cima do valor pago no mês anterior. Então, em quatro parcelas, a primeira seria R$250 + (2% de R$1.000) = 270. A segunda parcela seria R$250 + (2% de R$1.020), e assim por diante. 

Vamos te explicar melhor a fórmula e como se calcula os juros compostos no tópico a seguir.

Como calcular juros compostos?

Saber o valor final do pagamento ou prever o rendimento sobre investimentos fica mais claro quando se usa a fórmula de cálculo dos juros compostos, que é a seguinte:

M = C x (1+i)^n 
  • “M” representa o montante final.
  • “C” é o capital investido
  • “i” é a taxa de juros – mensal ou anual
  • “elevado a n” onde o “n” é o tempo em que o juros é aplicado

Vamos calcular na prática o montante final de um investimento, em dois anos, de R$1.000 com taxa de juros de 2% ao ano.

M = 1000 x (1+0,02)²

M = 1000 x (1,02 x 1,02)

M = 1000 x 1,0404

M = 1.040,4

Como investir em juros compostos

Diferente de realizar pagamentos ou quitar dívidas que correm em juros compostos, como empréstimos ou parcelas do cartão de crédito, o investimento em juros compostos pode melhorar sua vida financeira.

Como o montante fica cada vez mais alto com o passar do tempo, o retorno de um investimento em um ativo financeiro também será exponencialmente mais alto.

Se você decide aplicar qualquer valor, como R$100, no Tesouro Direto, por exemplo, as taxas de juros calculadas serão sempre em cima do valor, mais o rendimento do mês anterior. Ou seja, seu retorno será sempre maior.

E se, periodicamente, você aumentar o montante do investimento, a operação sai ainda mais vantajosa.

Como analisar rendimento dos juros compostos 

Para observar e analisar qual ativo tem mais rentabilidade e como estão seus retornos sobre investimentos, não basta apenas subtrair o valor inicial do montante bruto do rendimento.

Isso porque esse cálculo não inclui impostos, taxas e o índice de inflação.

É interessante estar ciente do valor líquido do rendimento para que você possa escolher onde continuar investindo, e a quantia que vai utilizar nessas operações.

Existe uma fórmula simples que facilita a análise de sua rentabilidade, que pode te ajudar na comparação e compreensão do seu patrimônio após as aplicações.

Valor líquido = (1 + rendimento) / (1 + inflação) – 1

Com valores numéricos, a operação em cima de um investimento de R$1.000 que rendeu R$250, 25%, com uma média de inflação de 4% nos últimos 12 meses, fica da seguinte forma:

VL = ((1 + 0,25) / (1+0,04)) – 1

VL = (1,25 / 1,04) – 1

VL = (1,21) – 1

VL = 0,21

Quando multiplicamos esse resultado por 100 para ver a porcentagem da rentabilidade líquida, obtemos 21% e não mais os 25% iniciais. 

Conclusão

Como você pôde observar, os juros compostos podem ser uma dor de cabeça no quesito quitação de dívidas, ou um aliado financeiro, quando se fala em investimentos que correm a juros sobre juros.

É importante lembrar, portanto, que se você pensa em aplicar um determinado valor em algum ativo, vale a pena começar o quanto antes, já que concluímos que quanto mais tempo em operação, mais lucrativo fica o investimento.

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